sábado, 28 de junho de 2014

Férias do Barulho

    Falando sobre atitudes  conscientes, lembrei de uma viagem que fiz para o Nordeste.

    Praias. Paisagens exuberantes. Contato direto com a natureza.

   Lhe peço, por favor,  que feche os olhos e tente visualizar a imagem de uma praia quase particular, mar super azul, areia clarinha e fofa, tudo parece perfeito, até você tropeçar na primeira garrafa pet. Você olha mais a frente e vê outras dez, além da embalagem do bronzeador, hidratante, acetona, plásticos e isopor. Ficou com vontade de chorar ou gritar? Eu também.

    Essa descrição não é fictícia. Nesta viagem ao Nordeste presenciei exatamente esse cenário.

    Fiquei chocada e decepcionada, pois não esperava encontrar nada disso em uma praia que tinha apenas um resort e a pretensão de um futuro Porto.

    O isopor, por exemplo, em pequenos pedaços pode ser confundido com alimento  pelas tartarugas e inevitavelmente levam à morte do animal.

    Qual foi a minha reação? Pegar a primeira garrafa, depois a segunda e a terceira. A primeira sacola  encheu. A segunda também. Depois pedi um desses sacos de lixo preto e grande para os funcionários do Resort que se entreolharam como se eu fosse um E.T. e lá fui eu juntamente com meu esposo, que também já estava considerando a possibilidade de que talvez eu realmente fosse um E.T.,  a recolher toda a imundice deixada por ali.

    Interrompi por um dia as férias românticas, objetivo daquela viagem. Andamos o dia todo recolhendo as mais diversas coisas. Quase perdi o marido! E o fim do dia chegou.

     Se adiantou fazer isso por um dia? A resposta é: não sei.

     Posso afirmar que eu fiz minha parte. A melhor intenção foi depositada ali. Provavelmente  a vida de alguns animais foi poupada pelo menos naquele momento. Outras pessoas viram o que estava sendo feito e talvez algumas delas se mobilizem a fazer o mesmo ou pelo menos evitarão que mais lixo seja jogado no local. É o que quero acreditar. Que a semente foi plantada.

     Na próxima vez que for para praia, fazenda ou qualquer outro lugar, lembre-se: você é responsável pelo seu lixo. O seu lixo pode prejudicar a natureza, os animais e você mesmo. O que acha de levar seu lixo até o coletor mais próximo?

     A natureza agradece. As pessoas agradecem.

    Afinal, se destruirmos o que é nosso hoje, o que teremos amanhã?

   

A primeira atitude

   Copa. No meio de muita vibração, torcida e energia positiva, uma atitude definitivamente não passou desapercebida nas últimas semanas: os torcedores japoneses recolhendo o próprio lixo nos estádios. 

    
    Essa consciência, respeito e cultura são, com toda certeza, um bom exemplo. O exemplo que nós brasileiros podemos observar e aplicar.  Preservando o ambiente mesmo que não seja o seu. Demonstrando respeito e cuidado por onde quer que você passe. 

    Há duas semanas atrás, eu e meu esposo, fomos ao cinema em um shopping próximo a Faria Lima em São Paulo. Observamos muito movimento. Um entrar e sair de pessoas que procuravam seus assentos, outros voltavam com grandes embalagens de pipoca e refrigerante, outros olhavam o emaranhado de cadeiras em busca de seus companheiros. Crianças, homens, mulheres e idosos. Todas as idades reunidas em um único espaço. 

   A sessão começou.  O filme foi ótimo. A trilha sonora ótima. Após, aproximadamente, uma hora e meia, chegamos ao final da sessão e rapidamente as pessoas se levantaram e saíram em fila indiana escadaria abaixo. 

    O que restou foi apenas eu, meu esposo e um monte de lixo deixado pelas pessoas ao redor. Muita pipoca no chão e suas respectivas embalagens em cima  dos assentos ou enfiadas de alguma maneira no "apoio" das poltronas. Copos de refrigerante. Chiclete grudado nas cadeiras. 

    Essa teria sido uma excelente oportunidade de seguir o exemplo dos japoneses. Ao término da sessão recolher o seu lixo e jogar no local adequado não é difícil.

    Está mais do que na hora de darmos bons exemplos.

    Vamos tentar na próxima sessão?!
    

  

Qual é a intenção?


O primeiro post.

Refleti bastante até chegar aqui. Até dar forma ao pensamento. Dar corpo a idéia.

A intenção definitivamente não é reclamar. Não é falar mal ou bem do governo. Não é criticar o povo ou o país. Não é fazer propaganda.

A intenção é conscientizar. Mudar hábitos. Falar de bons exemplos. Provocar a reflexão a respeito de cada atitude tomada por nós. Entender como cada ação provoca uma reação.

Outro dia, a caminho do trabalho e entre muitos pensamentos, me veio à mente: " Eu reclamo constantemente do lugar aonde vivo, meu país. Comparo constantemente a realidade da maioria dos brasileiros com a da população de outros países mesmo passando por uma crise, mas me deparei com a seguinte questão: " O que você, como cidadã, tem feito para mudar a realidade? "

A resposta foi: NADA.

Então resolvi começar.